“Quase sempre, deixamos de lado o pensamento elevado, a prece sincera que parte do coração…”
William Jacob
A morte de amigos ou entes queridos continua gerando muita dor e, muitas vezes, desespero; e um dos momentos mais difíceis da despedida se dá no velório. E é sobre isso que precisamos refletir um pouco mais.
Léon Denis, no livro O problema do ser e do destino, Capítulo 10, intitulado “A morte”, chama a nossa atenção para a importância de nos comportarmos de maneira respeitosa e equilibrada quando estivermos em algum velório.
É quase um escândalo ver com que desatenção as pessoas tomam parte, hoje em dia, de uma cerimônia mortuária. A atitude dos assistentes, a falta de recolhimento, as conversas banais, durante o acompanhamento do féretro até o cemitério, tudo causa penosa impressão. Bem poucos, dentre os participantes, pensam naquele que morreu e consideram como um dever dirigir-lhe um pensamento afetuoso.
Isso foi escrito no início do século XX, mas podemos afirmar que, infelizmente, o que Denis percebeu em sua época ainda acontece atualmente. Quase sempre, deixamos de lado o pensamento elevado, a prece sincera que parte do coração e as conversações edificantes para dar lugar à maledicência e aos comportamentos que em nada ajudam o recém-desencarnado e nem mesmo aqueles que continuam aqui, muitas vezes precisando de apoio e consolo.
Leia na íntegra à página 16 da edição junho/2020, Revista CELD.